sexta-feira, 3 de agosto de 2012

BioDiversity4All




 
O projecto BioDiversity4All - está a criar uma base de dados online sobre a Biodiversidade em Portugal, fundamentada na participação activa da sociedade civil e da comunidade científica.

O BioDiversity4All cria a possibilidade de todos contribuirem com registos de observações de plantas, animais e fungos e de usufruirem dessa informação, segundo o conceito Web 2.0, através de um site fácil e divertido de utilizar e explorar.

O projecto BioDiversity4All tem por missão unir o maior número de pessoas na promoção do conhecimento sobre a Biodiversidade.





Fonte:

BioDiversity4All - Biodiversidade para Todos - Portugal
Disponível em: http://www.biodiversity4all.org/index.cfm?p=45132D5B-FF11-E5F9-B40575264950A014

segunda-feira, 30 de julho de 2012

CONSERVAÇÃO DA GEO E DA BIODIVERSIDADE – AS TRILOBITES DE AROUCA


I º CONGRESSO SOBRE GEODIVERSIDADE, BIODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO


7 - 14 de julho de 2012
Nas instalações virtuais da Universidade Aberta
Ana Mendonça; Jorge Moreira; Vanda Müller
(Universidade Aberta)


As trilobites desaparecerem no final do Pérmico, no maior evento de extinção maciça registado na memória fóssil da Terra, que dizimou mais de 96% das espécies marinhas.
A partir da hipótese as trilobites são importantes para a Conservação da Bio e da Geodiversidade foram realizadas pesquisas sobre a documentação e os estudos científicos referentes à Trilobita e aos fósseis de trilobites, com o objetivo de compreender a importância das trilobites para a conservação da biogeodiversidade.
Em discussão entre pares, procedemos à seleção e à análise reflexiva da informação, com base no modelo de análise. Pelo descrito e pelas técnicas e instrumentos utilizados, consideramos estar perante uma investigação exploratória, de cariz qualitativo e estudo de caso - Trilobites de Arouca.
As trilobites existiram em ambiente marinho durante o Paleozoico, Era onde proliferou a biodiversidade. Verificámos uma ecologia diversa, evidente através dos icnofósseis. As trilobites constituem uma classe única e a mais diversificada dos organismos extintos de artrópodes, a Trilobita, que preencheu um conjunto variado de nichos tróficos.
A área do Geoparque de Arouca foi condicionada pela tectónica hercínica e tardihercínica, sendo visíveis sistemas de falhas e ciclos de erosão. Com o abaixamento do nível do mar durante o Período Devónico e o depósito de materiais arenosos, formaram-se greso-xistos, quartzitos e fósseis, como os das trilobites, sob rochas mais antigas, seixos de sedimentos e cinzas provenientes de erupções vulcânicas. Os fósseis de trilobites de Arouca, muitos advindos de exúvios, que permitiram a fossilização por moldagem, são dos maiores conhecidos e pertencem à idade do Ordovícico. Aferimos que o gigantismo polar das trilobites, em pelo menos seis espécies diferentes, foi resultado da anoxia aliada ao ambiente polar, responsável ainda, pela sua morte e conservação (Gutiérrez-Marco, et al., 2009).
Averiguámos que as trilobites desapareceram devido a alterações climáticas severas - aquecimento global (Holsar et al, 1989), resultado de vários mecanismos, catastróficos e uniformes, únicos ou interligados, e.g. impacto ou airburst cósmico, atividade vulcânica, formação da Pangeia, regressão marinha, alteração química da composição da atmosfera e dos oceanos.
Constatámos, ainda, que as alterações climáticas significativas, que ocorreram durante o Ordovícico, deixaram marcas indeléveis como os pelitos com fragmentos nas regiões de Arouca e Valongo (Couto & Lourenço, 2008). O final deste período ficou marcado por uma extinção maciça de espécies – facto que, aliado ao gigantismo polar, relacionámos com a morte das trilobites gigantes de Arouca.
A existência das trilobites chega-nos através do registo fóssil. As evidências das alterações climáticas, que levaram à extinção de grande parte da biodiversidade no passado, ficaram gravadas na geodiversidade. A memória assim preservada permite conhecer e compreender a história da Terra. Daí, esta ser uma das razões para a conservação da geodiversidade. Revisitando esta memória, releva a importância de mitigar o atual forçamento radiativo antropogénico sobre o sistema climático, para a preservação da biodiversidade e da humanidade que dela depende.
Palavras-chave - Conservação, Biogeodiversidade, Alterações Climáticas.

Referências Bibliográficas

Couto, H.; Lourenço, A. (2008) Alterações climáticas no Paleozoico. Departamento de Geologia. Universidade do Porto.
Gutiérrez-Marco, J.; Sá, A.; García-Bellido, D.; Rábano, I.; Valério, M. (2009) Giant trilobites and trilobite clusters from the Ordovician of Portugal. Geology 37, 443–446.
Holser W.; Schoenlaub H-P.; Attrep Jr M.; Boeckelmann K.; Klein P.; Magaritz M.; Orth CJ.; Fenninger A.; Jenny C.; Kralik M.; Mauritsch H.; Pak E.; Schramm J-F.; Stattegger K.; Schmoeller R. (1989) A unique geochemical record at the Permian/Triassic boundary. Nature 337 (6202): 39–44.




quinta-feira, 17 de maio de 2012

AMEAÇAS À GEODIVERSIDADE & ESTRATÉGIAS DE GEOCONSERVAÇÃO

Quer entendida de acordo com Brilha:
"A geodiversidade consiste na variedade de ambientes geológicos, fenómenos e processos ativos que dão origem a paisagens, rochas, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais que são o suporte para a vida na Terra" (2005:17).

Quer entendida de acordo com Gray:
"Geodiversity: the natural range (diversity) of geological (rocks, minerals, fossils), geomorphological (land form, processes) and soil features. It includes their assemblages, relationships, properties, interpretations and systems." (2004:8)



As ameaças à geodiversidade
são ameaças à nossa memória comum,
são ameaças à biodiversidade no presente e no futuro
são ameaças à sustentabilidade de presentes e de futuras gerações.







Fonte:


Ameaças à Geodiversidade
Embora se reconheça a existência de ameaças à geodiversidade resultantes de processos naturais, ainda que estejam por conhecer na totalidade a complexidade das suas causas e efeitos, considera-se que a maioria das ameaças ou é diretamente resultante das atividades antrópicas ou, indiretamente, como resultado da interação dos efeitos antropogénicos com as dinâmicas naturais da Terra, que se traduz em fenómenos como processos de erosão, alterações climáticas ou eventos extremos.
No decorrer dos tempos muitos foram os geossítios e os recursos geológicos perdidos, desbastados ou irreversivelmente destruídos. Parcialmente, esta destruição e/ou perda de geodiversidade poderia ter sido evitada ou por um planeamento adequado atempado ou pela sua valorização.



As ameaças à geodiversidade incluem
  • Erosão costeira e Protecção
  • A eliminação de resíduos / aterros sanitários
  • Extração Mineral / Agregados
  • Recuperação de pedreiras
  • Gestão dos rios, Hidrologia e Engenharia
  • Agricultura
  • Desenvolvimento de terras e Expansão urbana
  • Outras mudanças pela gestão no uso da terra
  • Florestas - Supercrescimento e remoção da vegetação
  • Atividades Militares
  • Fogo
  • Pressões de lazer e turismo
  • Remoção de amostras geológicas - minerais fósseis e coleta de rochas
  • Mudanças Climáticas e Alteração do nível do mar
  • Falta de formação / informação
  • Acumulação de impactes e sensibilidade à mudança

A pressão sobre a geodiversidade é imensa e muito variada
Considerando todas as ameaças à geodiversidade anteriormente referidas, também aqui, como em outras as áreas, é do mundo da ciência, neste caso da geologia, que podem vir as maiores das ameaças, ao assessorar, por exemplo, as grandes empresas extratoras...

Geofacets and Geological Society of London
Fonte:  http://www.youtube.com/watch?v=OPfj3C3DNzw. Acedido a 2012/05/15
Pradoxalmente, é do mesmo mundo científico que vem a público informação fundamental sobre a situação limite atual...


An Oil Man's Geological Case for Climate Concern 
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=uXTCai_NAFk Acedido a 2012/05/15

Estratégias de Geoconservação

Em Portugal, de acordo com Brilha (2005), é premente a implantação a breve trecho de uma estratégia de Geoconservação, já que não está contemplada a vertente geológica do Património Natural nas políticas da Conservação da Natureza.

“As estratégias de Geoconservação consistem na caracterização de uma metodologia de trabalho que visa sistematizar as tarefas no âmbito da conservação do Património Geológico de uma dada área (país, província, concelho, área protegida, …). Estas tarefas devem ser agrupadas nas seguintes etapas sequenciais: inventariação, quantificação, classificação, conservação, valorização e divulgação e, finalmente, monitorização”. (Brilha, 2005:95)




Fig .1 Estratégia de Geoconservação para áreas restritas
(Brilha, 2005:111)

Legenda: Geossítios que não são classificados devem ser contemplados numa fase posterior da estratégia.
                       Geossítios de alta vulnerabilidade devem ser submetidos a estratégias de valorização e divulgação, após eliminação dos riscos de degradação ou perda




Fig 2  Estratégia de Geoconservação para áreas extensas
(Brilha, 2005:113)
Legenda:  Geossítios de alta vulnerabilidade devem ser submetidos a estratégias de valorização e divulgação, após eliminação dos riscos de degradação ou perda


REFERÊNCIAS:  


domingo, 6 de maio de 2012

GEODIVERSIDADE - UM CONCEITO EM EVOLUÇÃO


Fig. 1 Himalaya Mountains - Mount Everest
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=kSFur_X5moo

I look at these stones and know little about them,
But I know their gates are open too,
Always open, far longer open, than any bird’s can be,
That every one of them has had its gates wide open far longer
Than all birds put together, let alone humanity. . . .
What happens to us
Is irrelevant to the world’s geology
But what happens to the world’s geology
Is not irrelevant to us.
We must reconcile ourselves to the stones,
Not the stones to us. . . .
Let men find the faith that builds mountains
Before they seek the faith that moves them.

Hugh MacDiarmid, (1956) On a raised beach[i]


GEODIVERSIDADE: EVOLUÇÃO CONCETUAL[ii]


De acordo com Gray, o termo Geodiversidade emerge nos anos 90 do Séc. XX, quando geólogos e geomorfologistas o começaram a utilizar, para descrever a variedade da natureza abiótica, em resposta ao espetacular sucesso de Biodiversidade na galvanização de esforços para a conservação da vida selvagem.

Já nos anos 80, Kevin Kiernan, Tasmânia, utilizava termos em analogia com os conceitos da biologia como “landform diversity” e “geomorphic diversity” ou, "espécie de paisagem" e "comunidades de paisagem".

No entanto, apesar da evidência de vários esforços de conservação da natureza abiótica, já em finais do Séc. XIX, a conservação da natureza é entendida, em geral, como a conservação da vida selvagem. Seguindo Gray, Milton, em 2002, sintetizou a situação referindo que a diversidade na natureza era normalmente entendida como diversidade da natureza viva.

1993      Sharples              used it to cover “the diversity of earth features and systems”

1994      Kiernan               in studies of geological and geomorphological conservation
1995      Dixon                  in Tasmania

1996      Dixon                  ‘‘the range or diversity of geological (bedrock),
1997      Eberhard              geomorphological (landform) and soil features,
2002      Sharples               assemblages, systems and processes’’
2002      Australian           
              Heritage              
              Commission        

2002      Prosser                some geologists and geomorphologists saw “geodiversity” not only as a very useful new way of thinking about the abiotic world but also as a means of promoting geoconservation and putting it on a par with wildlife conservation

Hoje, o termo geodiversidade está integrado na Conservação da Natureza da Tasmânia, na Austrália, talvez em resultado da clarificação que em 2002 Sharples defendeu. A distinção concetual entre:
Geodiversidade a qualidade do que tentamos conservar;
Geoconservação o esforço de tentar conservar;
Património Geológico compreende exemplos concretos do que pode ser especificamente identificado como tendo significado conservação.

Também em outras partes do mundo o conceito começou a ser largamente utilizado.

Em 1998, Burnet et al. e Nichols et al. utilizam “Geomorphological heterogeneity” em Textos publicados nos USA.

Em 2001, Stanley definia Geodiversidade de forma abrangente como ‘‘(…) the link between people, landscapes and culture; it is the variety of geological environments, phenomena and processes that make those landscapes, rocks, minerals, fossils and soils which provide the framework for life on Earth’’. (Gray, 2004:7)

Nos países nórdicos o termo foi introduzido em 1996 pelo Conselho de Ministros na Conservação da Natureza e em 2000 Johansson, define Geodiversidade como ‘‘the complex variation of bedrock, unconsolidated deposits, landforms and processes that form landscapes (. . .) Geodiversity can be described as the diversity of geological and geomorphological phenomena in a defined area’’. (Gray, 2004:7)

Em 2004, Gray assume a seguinte definição: ‘‘Geodiversity: the natural range (diversity) of geological (rocks, minerals, fossils), geomorphological (land form, processes) and soil features. It includes their assemblages, relationships, properties, interpretations and systems’’.(2004:8)

Em Portugal, Brilha assume a mesma definição que a Royal Society for Nature Conservation do Reino Unido, para quem "a geodiversidade consiste na variedade de ambientes geológicos, fenómenos e processos ativos que dão origem a paisagens, rochas, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais que são o suporte para a vida na Terra" (2005:17). [iii]


"A geodiversidade sustenta a biodiversidade e é o seu sistema de suporte de vida, criando assim um vínculo indissolúvel entre os dois. A geodiversidade dá-nos, ainda, um forte enquadramento de integração para as ciências da Terra, permitindo-nos ver rochas, minerais, sedimentos, fósseis, relevos, solos e processos, compreendendo uma geosfera com uma série de papéis e valores que necessitam de proteção e conservação." (Gray, 2004:348)


REFERÊNCIAS:

[i] Apud Gray, Murray (2004) Geodiversity valuing and conserving abiotic nature. Chichester, England. Disponível em: http://geoduma.files.wordpress.com/2010/02/geodiversity.pdf. Acedido a 5 de maio de 2012. p.371.
[ii] Fonte: Gray, Murray (2004) Geodiversity valuing and conserving abiotic nature. Chichester, England. Disponível em: http://geoduma.files.wordpress.com/2010/02/geodiversity.pdf. Acedido a 5 de maio de 2012. p.4-8.
[iii] Brilha, José. (2005) Património Geológico e Conservação: A Conservação da Natureza na sua Vertente Geológica. Disponível em: http://www.dct.uminho.pt/docentes/pdfs/jb_livro.pdf. Acedido a 4 de maio de 2012. p.17.


 

GEODIVERSIDADE - CAMPO SEMÂNTICO

GEODIVERSIDADE


Segundo Brilha, “vários autores têm tentado definir geodiversidade, em particular especialistas da Europa e da Austrália, os dois continentes que têm liderado as discussões em torno desta temática. Enquanto para alguns a geodiversidade se limita ao conjunto de rochas, minerais e fósseis, para outros o conceito é mais alargado integrando mesmo as comunidades de seres vivos”. (2005:17)
Ainda segundo o autor, para “a Royal Society for Nature Conservation do Reino Unido, a geodiversidade consiste na variedade de ambientes geológicos, fenómenos e processos ativos que dão origem a paisagens, rochas, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais que são o suporte para a vida na Terra” (2005:17).
[i]



De acordo com Santucci  a recente atenção dada ao conceito de geodiversidade, muito se deve ao trabalho do geólogo Murray Gray que, em “Geodiversity: Valuing and Conserving Abiotic Nature” de 2004, através de um estudo sobre o valor da diversidade, da diferença e da distinção no mundo natural, apresenta uma perspetiva de avaliação do papel e da importância dos recursos abióticos sobre os recursos bióticos. Santucci sublinha que “An increasing number of research publications and conferences focus on the integration of modern “bio-geo systems.” (2005:29) [ii]


Gray define geodiversidade como "The natural range (diversity) of geological (rocks, minerals, fossils), geomorphological (land form, processes) and soil features. It includes their assemblages, relationships, properties, interpretations and systems." (2004:8)[iii]


Nesta perspetiva, a perceção hodierna de geodiversidade abrange não apenas uma construção de tempo muito longo (Vide: Earth - Making of a Planet),  como a relação interinfluente da geodiversidade com a biodiversidade e a integração do ser humano com a Natureza.


No entanto, seguindo Gray, do ponto de vista etimológico da palavra: geodiversidade, "(...) first appears in articles from Tasmania, Australia, in the mid-1990s (Sharples 1993; Dixon 1995; Kiernan 1996) and it is no coincidence that this immediately followed the adoption by many countries of the U.N. Convention on Biodiversity at the Earth Summit in Rio de Janeiro in 1992. The Tasmanian geoscientists realized that there are many parallels between biological diversity and diversity in the abiotic world. Using the terms “biodiversity” and “geodiversity” helps to indicate that nature consists of two equal components, living and non-living, and which, taken together, could help to promote a more holistic approach to nature conservation than the traditional biocentric focus. Subsequently, the use of the term “geodiversity” has spread, particularly in Australia, where it is an integral part of the Australian Natural Heritage Charter (Australian Heritage Commission 1996, 2002), in Scandinavia (Johansson 2000), and in the United Kingdom (Gray, 2004), where several local geodiversity action plans (LGAPs) mirror their biological equivalents (LBAPs) and where a report titled State of Nature - Geodiversity has been published (English Nature 2005). However, the term has yet to be adopted in the USA". (2005:5-6) [iv]






Fig 1.




GEO-SÍTIO
Ocorrência de um ou mais elementos da geodiversidade, bem delimitada geograficamente, com valor singular do ponto de vista científico, pedagógico, cultural e turístico. [v] 
Fig 2. Pedras Parideiras

PATRIMÓNIO GEOLÓGICO
Conjunto dos geo-sítios inventariados e caracterizados numa dada área ou região. [vi]



Fig 3 Naturtejo

GEOCONSERVAÇÃO


Tem como objetivo a conservação e gestão do património geológico e dos processos naturais a ele associados.[vii] Assim, a conservação da geodiversidade está intimamente relacionada com a perceção do seu valor.


De acordo com Gray (2004; 2005) a geodiversidade deve ser conservada por duas razões: i) por ser valiosa e ser valorizada e, ii) por estar ameaçada por uma enorme variedade de atividades humanas.
Entre os Valores Reconhecidos da Geodiversidade devem considerar-se, segundo o autor:
  • Valor intrínseco
  • Valor cultural
  • Valor estético
  • Valor económico
  • Valor instrumental
  • Valor científico
"Despite objections from some geologists, the term and concept of “geodiversity” appear to have validity and to reflect much common practice.We have barely begun to measure geodiversity but it is important to do so, so that we may know our heritage and whether it is threatened. Geoconservation should not only be established as an independent field of nature conservation but also needs to be integrated with biodiversity conservation and both need to become part of land management strategies more generally, resolving any conflicts along the way by careful assessment of values." (Gray, 2004:365)


Prémio Geoconservação [viii]
O Grupo Português da ProGEO (Associação Europeia para a Conservação do Património Geológico) implementou o Prémio Geoconservação com o objectivo de premiar uma autarquia que se distinga na implementação de estratégias de conservação e valorização do Património Geológico do seu concelho.
Com esta iniciativa pretende-se:
  • Distinguir os melhores exemplos de conservação do Património Geológico promovidos por autarquias;
  • Estimular uma reflexão crítica sobre a necessidade de conservar o Património Geológico e incentivar as autarquias a adoptar estratégias e procedimentos;
  • Divulgar e sensibilizar o público em geral para o reconhecimento do valor do Património Geológico como parte integrante do Património Natural;
  • Motivar os órgãos de comunicação social para o debate sobre o papel da Geologia na sociedade contemporânea.
Vencedores nos anos anteriores:
2004: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova
2005: Câmara Municipal de Valongo; Menção Honrosa para a Câmara Municipal do Porto
2006: Câmara Municipal de Cantanhede
2007: Associação de Municípios Natureza e Tejo; Menção Honrosa para a Câmara Municipal de Paredes
2008: Câmara Municipal de Arouca; Menção Honrosa para a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
2009: Câmara Municipal do Porto
2010: Câmara Municipal de Alcanena; Menção Honrosa para a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros
2011: Associação de Municípios dos Açores


GEOTURISMO

Vertente do turismo da natureza que permite a compreensão da geologia para além da mera avaliação estética. Este tipo de turismo sustentado poderá deixar de o ser se os destinos forem sujeitos à pressão e aos erros que caracterizam o turismo de massas. [ix]

Fig.4 Curso de Geoturismo





GEOPARQUE
Território onde o património geológico é a base de uma estratégia que promove o bem-estar das populações, mantendo o máximo respeito pelo meio ambiente. [x]





Fig.5 Geopark Arouca



GLOBAL GEOPARKS NETWORK

Fig.6



THE LANGKAWI DECLARATION

The 4th International UNESCO Conference on Geoparks was held from April 12-15 2010 in Langkawi Global Geopark, Kedah, Malaysia, and attended by 408 delegates from 27 countries. After deliberation, the delegates hereby affirm that:


  1. The philosophy and vision of geoparks provide a balance between conservation of heritage, local socioeconomic development and local community empowerment. Thus geopark is an effective and practical tool for regional sustainable development.
  2. Geoparks emphasize on having effective governance system in the form of co-management and stakeholders’collaborative management.
  3. Successful and high quality geoparks development requires all stakeholders’ awareness, understanding, and appreciation of the vision as well as their support towards the activities of geopark. This can only be achieved through continuous capacity-building at various levels.
  4. Public education and communication of geopark for all and not for geologists only. This require the translating of scientific knowlledge for simple public information through various media.
  5. Geopark will not have its soul if the local communities are not involved. Empowering them will increase their sense of ownership to conserve their resources whilst improving their quality of life.
  6. Detailed scientific knowledge will not only increase the heritage value of a geosite, but also encourage sustainable resource utilization. This will include other natural and cultural resources within the geopark.
  7. The success of any geoparks is highly associated with its ability to networ k at local, nat ional, regional and global levels. Sharing experiences and best management practices among geoparks will allow each geopark to be developed to its highest potential.
  8. Need to respect the use of the term and safeguard the reputation of ‘geopark’ to ensure that it reflects quality in all aspects of its heritage, products and services. [xi]




Da Global Network of National Geoparks fazem parte:

e o premiado Naturtejo Geopark








LEGENDAS
Fig 1. Disponível em: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWg93RKj5lgbh_rMr6IloWLZzo1el7YEgGoeavKMpk-Gq8HxPk2A3-8ik7YdBtkXOL48JGZX70EGUtTnPX7rQE0ACFrJ5KCs7FOFKsEZ_9cRpLH7WfzUdxl3u3ti72OgGW_XSmWemPCg/s1600/GC.JPG. Acedido a 4/05/2012.
Fig 2. Disponível em: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=30934&op=all. Acedido a 4/05/2012.
Fig 3. Disponível em: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=34892&op=all. Acedido a 4/05/2012.
Fig 4. Disponível em: http://geoconservacao.blogspot.pt/2011/08/curso-de-geoturismo.html. Acedido a 4/05/2012.


REFERÊNCIAS
[i]  Brilha, José. (2005) Património Geológico e Conservação: A Conservação da Natureza na sua Vertente Geológica. Disponível em: http://www.dct.uminho.pt/docentes/pdfs/jb_livro.pdf. Acedido a 4 de maio de 2012.
[ii] Santucci, Vincent L. (2005) Historical Perspectives on Biodiversity and Geodiversity. In: Geodiversity& Geoconservation. Disponível em: http://www.georgewright.org/223santucci.pdf. Acedido a 4 de maio de 2012. p. 29-34.
iii] Gray, Murray (2004) Geodiversity valuing and conserving abiotic nature. Chichester, England. Disponível em: http://geoduma.files.wordpress.com/2010/02/geodiversity.pdf. Acedido a 4 de maio de 2012. p.8.
[iv] Gray, Murray (2005) Geodiversity and Geoconservation: What, Why, and How? In: Geodiversity& Geoconservation. Disponível em: http://www.georgewright.org/223gray.pdf. Acedido a 4 de maio de 2012. p. 4-12.
[v; vi; vii; ix; x] Universidade do Minho (2008) Geodiversidade valores e usos.  Braga. ISBN: 978-972-95255-6-8. Disponível em: http://www.dct.uminho.pt/docentes/pdfs/jb_pereiras.pdf. Acedido a 4 de maio de 20.
[viii] Prémio Geoconservação. Disponível em:  http://www.progeo.pt/dnpg/2012/geocons_12.htm Disponível em:
[xi] Global Network of National Geoparks (assisted by UNESCO). Disponível em: http://www.globalgeopark.org/english/AboutGGN/Declarations/201101/t20110120_813077.htm. Acedido a 4 de maio de 2012.